terça-feira, 12 de março de 2013

Gravidez precoce, uma das consequências da falta de educação sexual na 3ª infância (fase que ocorre dos 7 aos 11 anos de idade). Falar sobre educação sexual nesta fase se faz urgente e necessária, pois a as crianças antes de alcançarem a adolescência já têm vida sexual ativa e muitas chegam a engravidar.


Debatendo

Qual o grau de culpabilidade dos pais no caso desta criança?
Qual a probabilidade do filho desta criança ter orientação sexual ou mesmo uma boa educação vinda dos pais?
Conscientizar é dever da escola ou dos pais?
Como a escola ou os pais pode intervir para que esta criança de apenas onze anos de idade tome consciência da gravidade deste fato?

O despertar da sexualidade;
O cuidado dos pais em falar e fazer coisas inadequadas à faixa etária dos seus filhos;
A importância do diálogo dos pais com seus filhos.




Vamos ao debate?

Vocês acreditam que os pais devem orientar seus filhos a respeito da educação sexual, sexualidade, etc?
Qual o papel dos pais na orientação sexual? até onde eles devem ir? o que devem ou não falar para seus filhos?
Se negarem informações, os pais, consciente ou inconscientemente podem reprimir seus filhos ou mesmo podar as curiosidades destes no que concerne a sexualidade?
É importante lembrar que o ensino de Educação sexual deve estar adequado à faixa etária dos educandos. No vídeo abaixo temos o depoimento de uma educadora sexual. O objetivo é mostrar que a educação sexual se faz necessária a medida que os alunos a partir dos dez, onze anos de idade já sabem muito sobre sexo e precisam portanto de orientação dos pais e de educação formal disponibilizada pela escola.




EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA


A escola segundo Souza (2003, p. 40) “precisa ousar ser mais democrática e atraente. As camadas populares são as que mais fogem da escola para os quais a formação acadêmica é menos importante do que os fatos ligados à vida. Se trabalharmos a sexualidade que é vida, haverá permanência e interesse pelo saber como forma de melhorar esta vida!” Fica claro que trabalhar educação sexual nas escolas é também uma maneira de fazer com que estes alunos permaneçam nas escolas, se interessem em estar presente nas aulas, e deste modo diminuirá a evasão escolar.

A escola sendo espaço onde crianças e jovens de diferentes camadas populares se reúnem, deveria ser também um espaço para discussões naturais. Programas especiais, professor nervoso, aflito, sexo em destaque, enigmático, valorizado, separado do corpo e do dia-a-dia. Simplificar. Preparar-se sim, mas sem levar o fato a uma dimensão gigantesca. Para uma aula de redação, para se estudar um fato histórico ou uma equação matemática, não existe alarme. Sempre que o assunto está ligado à sexualidade há confusão dentro da escola e se conscientizam da necessidade da orientação sexual. (Souza, 2003, p.40)

Em outras palavras a escola deve estar voltada para atendimento aos alunos seja em qual disciplina for. Sabemos que a educação sexual é tabu entre as famílias, nas ruas, ou na comunidade em geral, no entanto na escola ela não deve ser, pois a escola deve ser lugar de aprendizado e para que este aprendizado ocorra à instituição deve estar aberta para questões relacionadas ao tema em questão. Concordamos com Souza (2003) quando ela afirma que a orientação sexual na escola é necessária porque os alunos, em todas as faixas etárias, conversa, sobre sexo e as informações que trocam entre si são incompletas, erradas e preconceituosas.

Concordo com Souza (2003, p. 45) quando ela diz que

[...] A escola deve ter uma posição muito clara do que pretende. O assunto é complexo e envolve não só o professor e o aluno, mas também sua família. A consciência de estar com bom embasamento teórico, de se colocar a sexualidade num contexto amplo, ligado à vida e à afetividade é fundamental. Se o trabalho não envolver a família se tornará frágil e eficaz.

Notamos que trabalhar sobre educação sexual é mais complexo do que se pode imaginar, pois deve envolver outros temas, não somente sexualidade, sexo e outros, mas também assuntos voltados para a afetividade, a família, os amigos e outros pontos que podem auxiliar no desenvolvimento do ensino. Vale ressaltar, bem como afirmou a autora que a família é indispensável para que se concretize o ensino de educação sexual, a criança não vive só, ela tem a companhia dos pais, ou responsáveis, portanto, sendo estes partes integrantes de sua vida, deverão necessariamente estar ligados e associados à escola em prol do bom funcionamento do processo de ensino e aprendizagem.

Devido o tempo de permanência dos jovens nas escolas e às oportunidades de trocas, convívio social e relacionamentos amorosos, a escola não pode se omitir diante da relevância dessas questões constituindo-se local privilegiado para a abordagem. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) citam que a sexualidade é entendida como algo inerente, que se manifesta desde o nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento. Sendo assim a sexualidade é abordada em um primeiro momento pela família, que transmite seus valores culturais, sociais, religiosos e éticos, neste contexto tratei a seguir da educação sexual e o papel da família. 

Alguns questionamentos:

O que vocês pensam sobre a implantação da disciplina Educação Sexual nas escolas municipais do Município de Jequié?
De que forma podemos auxiliar para que este projeto se concretize?
O que a escola pode e deve fazer para que ista perspectiva se torne real?

terça-feira, 5 de março de 2013

Conceituando Educação Sexual

                                                       

                                                           


                                                                O que é Educação Sexual?


O conceito de educação se diferencia do conceito de sexualidade, o termo educação sexual é assunto polêmico e contestável. Educação sexual é o aprendizado informal pelo qual tomamos conhecimento sobre sexualidade ao longo da vida. A partir dessa educação global encontramos os subsídios para a educação sexual buscando facilitar o desenvolvimento pleno da pessoa, sem manipulação ou mera instrução de técnicas sexuais, desenvolvendo o potencial interior de cada um, dando oportunidades estimulantes para desencadear o processo educativo. (Souza, 2003, p.17).

Se a educação é fruto de uma aprendizagem podemos sentir a enorme responsabilidade e o compromisso dos pais e dos professores frente aos jovens para que possam viver uma sexualidade sadia e feliz. Responder a perguntas, encaminhar leituras adequadas sobre o tema faz parte desse aprendizado. Se negarmos informações, estaremos realizando uma castração sexual.  É neste contexto que Souza (2003, p.18) afirma que “A educação sexual deverá ocorrer num clima de cordialidade, tranqüilidade e num processo de comunicação, com diálogo franco, adequado ao nível etário e emocional de quem questiona, sempre com muito respeito e objetividade”.

Entendemos que é através da educação escolar que o indivíduo quando ainda criança aprende a lidar com questões relacionadas à vida, a escola deve ser é o espaço no qual a criança aprenda a questionar, a criticar e a formular hipóteses relacionadas a determinados assuntos. A educação voltada para a sexualidade aponta uma saída para a quebra de tabus relacionados a este tema. Uma escola que oferece educação sexual no ensino fundamental oferece não somente mais um aprendizado, mas principalmente a chance de cada criança se tornar um sujeito diferente, bem resolvido, dono de si e principalmente convicto do seu ponto de vista.

Segundo Souza (2003, p.19), a educação sexual é uma forma de educar uma criança para ser homem ou mulher. É ajudar na formação de sua identidade, servindo para afirmar o papel sexual, compreendendo seu amadurecimento e preparando sua inserção na vida. E continua dizendo que educar para a sexualidade é passar estímulos decisivos para seu pleno desenvolvimento. Não há uma ligação direta com a instrução propriamente dita. Relaciona-se com o desenvolvimento da personalidade, formação de comportamento e atitudes compatíveis com o meio onde se vive. É uma educação para a maturidade.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013



 " Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo."
                                                                           Paulo Freire